Alemanha encara futuro conservador com avanço recorde da extrema direita

24 de fevereiro de 2025 às 07:34
Mundo

Foto: Reprodução

UOL

Comemorações tímidas e desconfiança marcaram as eleições federais da Alemanha neste domingo (23). Com a vitória dos conservadores e o avanço recorde da extrema direita, o país deve viverá momentos decisivos sobre pautas sensíveis, como guerra da Ucrânia, aliança com os Estados Unidos, saída da União Europeia e políticas de imigração.

O que aconteceu?

A CDU (União Democrata Cristã) conquistou aproximadamente 29% do eleitorado alemão. O partido vai formar a maior bancada do Bundestag (Parlamento Alemão).

Feito não acontecia há três anos, desde o fim do governo Merkel. Apesar do bom resultado, a CDU não conseguiu a maioria das 630 cadeiras do Reichstag, localizado em Berlim, e terá que buscar uma coalizão para conseguir governar.

Friedrich Merz, se tornará o próximo chanceler do país. Liderando o partido vencedor, o político conservador assume o cargo político mais importante no regime alemão, sucedendo o impopular Olaf Scholz.

Junto com os conservadores, a ultradireita foi a grande vitoriosa. Com uma campanha dominada por temas como imigração e crise econômica, o partido extremista AfD (Alternativa para a Alemanha) se firmou como a segunda maior força do parlamento, conquistando aproximadamente 25% das cadeiras.

AfD alcançou resultado expressivo. Nunca a extrema direita foi tão forte na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Líderes da legenda prometem trazer uma agenda radical. Eles sugerem a saída da Alemanha da União Europeia e o fim da política de imigração.

O que dizem os alemães?

Reportagem do UOL conversou com alemães em Berlim. Eles se mostraram abatidos com o resultado da eleição, principalmente pela expressiva vitória da ultradireita. Dezenas de integrantes do partido AfD são investigados por ligação com grupos neonazistas.

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"Um dia em que pouco podemos comemorar". O resultado das urnas assusta Adriana Grummt, 27. "Principalmente pensando o que o país viveu no passado. A Alemanha caminha em uma direção que não me agrada. Como população, precisamos ficar atentos e zelar sempre pela democracia", disse.

A arquiteta Fernanda Krieger, tentou avaliar a perspectiva econômica. Mas não escondeu a preocupação com pautas extremistas. "O que me preocupa são as pautas sociais, como a deportação dos imigrantes. Se fala muito nisso, e nós, como sociedade alemã, não podemos permitir que isso aconteça".

Para apimentar o contexto geopolítico, a votação na maior economia da União Europeia mexe diretamente com os laços ente Estados Unidos e Europa. A relação com o país norte-americano sofreu um desgaste após a aproximação do presidente americano, Donald Trump, com o presidente russo, Vladimir Putin. As autoridades debatem sobre as intenções de acabar com a guerra na Ucrânia.

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