Condenados na trama golpista podem começar a cumprir pena até dezembro, diz STF

13 de setembro de 2025 às 14:47
Nacional

O ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Por Redação com agências

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados, condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na trama golpista de 2022, podem iniciar o cumprimento de suas penas até dezembro deste ano, caso os recursos apresentados pelas defesas sejam rejeitados. As condenações variam de 16 a 27 anos de prisão em regime fechado.

Segundo fontes do STF, a execução não é imediata. O tribunal tem até 60 dias para publicar o acórdão, documento que detalha os votos dos ministros. Após a publicação, as defesas terão cinco dias para apresentar embargos de declaração, recurso que não muda o mérito, mas busca corrigir eventuais omissões ou contradições. A expectativa é que esses embargos sejam julgados entre novembro e dezembro.
Caso sejam rejeitados, o início das penas será determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação.

Local de prisão e possíveis benefícios

Por serem militares ou delegados da Polícia Federal, os condenados têm direito a prisão especial, prevista no Código de Processo Penal. As opções de custódia incluem:

  • Presídio da Papuda (DF), em alas especiais,

  • Superintendência da Polícia Federal, ou

  • instalações do Comando Militar do Planalto.

Bolsonaro também poderá pedir prisão domiciliar, alegando problemas de saúde decorrentes do atentado de 2018, mas a concessão dependerá da avaliação de Moraes.

Lista de condenados

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente e capitão do Exército

  • Alexandre Ramagem – delegado da PF e ex-diretor da Abin

  • Almir Garnier – almirante e ex-comandante da Marinha

  • Anderson Torres – delegado da PF e ex-ministro da Justiça

  • Augusto Heleno – general e ex-ministro do GSI

  • Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa

  • Walter Braga Netto – general e ex-ministro da Defesa

O tenente-coronel Mauro Cid não cumprirá pena em razão do acordo de delação premiada com a Polícia Federal.