Morte de Francisco: Lula vai a 2º funeral e verá 4º papa como presidente
UOL
Com a morte do papa Francisco, o presidente Lula (PT) verá o quarto pontífice enquanto ocupa o cargo de presidente da República. O petista declarou luto de 7 dias em razão do falecimento do pontífice, que sofreu um AVC e insuficiência cardíaca.
O que aconteceu
Lula confirmou, no início da noite, que irá ao funeral de Francisco. O Planalto confirmou que o presidente e a primeira-dama Janja viajarão para Roma —a data ainda não foi confirmada. A comitiva completa será anunciada amanhã.
Quando Lula assumiu a Presidência em 2003, o papa era João Paulo II. Ele morreu em abril de 2005, depois de 26 anos de papado.
Lula foi um dos setenta chefes de Estado a comparecer ao funeral, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Também foram três ex-presidentes brasileiros, que conviveram com o pontífice durante seus mandatos: José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco.
Bento 16 sucedeu João Paulo no comando da Igreja Católica. Ele renunciou ao papado sete anos depois, em 2013, durante o governo Dilma Rousseff.
O alemão morreu em 31 de dezembro de 2022, um dia antes de Lula assumir o terceiro mandato. Nem Lula nem o então presidente Jair Bolsonaro (PL), em viagem aos Estados Unidos, foram ao velório.
A morte do papa Francisco foi divulgada pelo Vaticano. "Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja", diz o comunicado. Ele teve um AVC e insuficiência cardíaca.
Católico, Lula tinha boa relação com o papa, e os dois se encontraram diversas vezes. O brasileiro visitou o pontífice no Vaticano em junho de 2023, quando trataram sobre os conflitos na Ucrânia. De origem na esquerda e fã de futebol, como o petista, Francisco também recebeu Lula em 2024, durante o G7 na Itália.
A primeira-dama Janja da Silva se reuniu com Francisco na semana passada. Ela e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, representaram o Brasil em evento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada durante o G20, no ano passado.
Lula afirmou, em nota, que o papa buscou de forma incansável "levar o amor onde existia o ódio" e trouxe o tema das mudanças climáticas ao Vaticano. "Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito", diz o presidente.
A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos.
Presidente Lula