Pesquisador alerta para impactos ambientais de festas noturnas em recifes de Alagoas
Redação com Assessoria
O professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Dr. Robson Santos, emitiu um alerta nesta sexta-feira (31) sobre os impactos ambientais causados por festas e ‘banhos de lua’ realizados nas praias do estado. Segundo ele, o turismo desordenado pode comprometer a saúde dos recifes de coral, afetando o equilíbrio ecológico e a sustentabilidade da atividade turística na região.
Entre os principais problemas apontados estão o pisoteio e quebra de corais, a poluição das águas por resíduos de combustível e plástico, além da poluição luminosa e sonora. "A iluminação artificial intensa pode desorientar organismos marinhos e afetar a reprodução de corais, enquanto o som alto interfere na comunicação de peixes e invertebrados", explicou o pesquisador.
O alerta foi motivado pela divulgação de eventos promovidos em redes sociais, que incentivam passeios e festas noturnas nos recifes de Maceió. Dr. Robson Santos destacou que a degradação dos corais já é alarmante, agravada por mudanças climáticas. "No ano passado, registramos mortalidade de 80% a 90% dos corais em Alagoas devido ao aumento da temperatura das águas", informou.
Como alternativas sustentáveis, o pesquisador sugere passeios noturnos de Stand-Up Paddle ou caiaque, sem iluminação intensa e com guias capacitados. Ele ressalta que tais experiências proporcionam conexão com a natureza e geração de renda sem comprometer o ecossistema.
Por fim, ele enfatizou a importância de práticas turísticas responsáveis. "Sem um recife saudável, grande parte do turismo costeiro de Alagoas será perdido, afetando biodiversidade, emprego e renda dos pescadores artesanais", concluiu.