Polícia descarta legítima defesa em morte de médico em Arapiraca
Por Redação
A Polícia Civil concluiu que a médica Nadia Tamyres, de 38 anos, não agiu em legítima defesa ao matar o ex-marido, o médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, 41, no último domingo (16), no Sítio Capim, em Arapiraca. Após analisar imagens do crime e depoimentos, a investigação descartou qualquer indício de ameaça iminente por parte da vítima.
Conduzido pelo delegado Daniel Scaramello, da Unidade de Atendimento ao Local de Crime 1 (UALC 1), o inquérito reconstruiu a dinâmica do homicídio a partir de vídeos de monitoramento e troca de informações entre equipes da capital e do interior. As imagens mostram Nadia descendo do carro com a arma já apontada na direção de Alan.
Segundo a Polícia Civil, após uma breve discussão, a médica efetuou diversos disparos enquanto a vítima permanecia dentro do veículo. “Não há no vídeo qualquer gesto de ataque ou risco real contra ela”, relatou o delegado ao detalhar o caso.
No depoimento inicial, Nadia afirmou que disparou para se defender, alegando temer uma emboscada. A defesa sustenta que ela vivia há anos um contexto de violência doméstica e possuía medida protetiva contra o ex-marido, que chegou a ser denunciado por estupro de vulnerável envolvendo a filha do casal.
A prisão da investigada ocorreu ainda no domingo, com base no cruzamento rápido das imagens e na operação conjunta das delegacias envolvidas. O caso segue agora para conclusão do inquérito e envio ao Ministério Público.