Polícia prende manifestantes durante protesto pró-Palestina em universidade nos EUA

19 de abril de 2024 às 07:53
POLÍTICA

Foto: reprodução

Por redação com O Globo

Um grupo de estudantes que protestavam contra a guerra em Gaza foi preso pela polícia de Nova York durante um protesto no principal campus da Universidade Columbia. O ato, que começou na noite de quarta-feira, contou com barracas montadas em um dos gramados, e foi mais um episódio na longa série de disputas nos campi americanos em torno do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, e que trazem questões importantes sobre liberdade de expressão e antissemitismo.

Os manifestantes começaram a se juntar no campus de Morningside Heights, em Manhattan, ainda na quarta-feira, no que parecia ser mais um dos recorrentes atos contra a guerra em Gaza organizados por grupos pró-Palestina. Mas alguns montaram barracas em um gramado próximo à principal biblioteca do campus, e ignoraram a ordem para que o acampamento fosse desfeito.

“A presença de tendas no Gramado Sul é uma questão de segurança e uma violação das políticas da universidade”, afirmou um porta-voz na noite de quarta-feira, em mensagem ao jornal Columbia Spectator, apontando que as pessoas que deixassem o local até as 21h pelo horário local, 20h pelo horário de Brasília, não sofreriam represálias. “Estamos informando aos estudantes que violam as políticas da universidade, para sua própria segurança e para a manutenção das operações da universidade, que eles devem sair.”

A maioria não seguiu as ordens, e o acampamento seguia em pé até o começo da tarde desta quinta-feira, quando dezenas de policiais chegaram ao campus.

"Uma vez que vocês se recusaram a dispersar, serão presos por invasão. Se vocês resistirem à prisão enfrentarão acusações adicionais", disse um policial ao grupo, citado pelo New York Times.

Apesar dos protestos de estudantes e manifestantes que acompanhavam à distância a operação, cerca de 100 pessoas foram detidas, algemadas e colocadas em um ônibus da polícia, segundo o jornal Columbia Spectator. A universidade afirmou que todos os identificados pelas autoridades e pelos seguranças do campus terão seus acessos suspensos às instalações por tempo indeterminado.

“Na manhã de hoje (quinta-feira), precisei tomar a decisão que sempre torci para que não fosse necessária. Tenho dito sempre que a segurança da comunidade era minha maior prioridade, e que precisamos preservar um ambiente onde todos possam aprender em um contexto acolhedor”, afirmou, em mensagem à comunidade, a reitora de Columbia, Nemat Shafik. “Pensando na segurança do campus de Columbia, autorizei o Departamento de Polícia de Nova York a iniciar a limpeza do acampamento no Gramado Sul do campus de Morningside, montado pelos estudantes na quarta-feira.”

Em resposta, o Conselho de Estudantes de Columbia, um órgão eleito pelo corpo discente, criticou a decisão da reitora.

“Neste momento, o Conselho de Estudantes de Columbia quer reafirmar nossa crença de que os estudantes têm o direito inerente de participar de protestos pacíficos sem o medo de retaliações ou ataques”, diz o comunicado, publicado no Instagram. “Queremos reafirmar nossa firme defesa da preservação dos direitos à liberdade de discurso e expressão entre os estudantes.”

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