Ex-prefeito Gilberto Gonçalves vai a julgamento por furto de energia em Rio Largo

03 de dezembro de 2025 às 11:33
Política

Foto: reprodução

Por Redação*

O ex-prefeito de Rio Largo Gilberto Gonçalves da Silva será julgado por furto de energia no dia 17 de março de 2026, na 3ª Vara Criminal do município. A audiência marca a retomada de um processo iniciado há quase dez anos e que ficou suspenso por recursos e tentativas de levar o caso a instâncias superiores.

O retorno do processo ocorreu após decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, que afastou a prerrogativa de foro e determinou que o caso fosse analisado pela primeira instância. A data foi publicada no Diário da Justiça deste mês.

O caso voltou a ganhar ritmo um ano depois da condenação da ex-vice-prefeita Maria Cristina Cordeiro da Silva, esposa de Gilberto, também por furto de energia. Ela recebeu pena de dois anos em decisão da 3ª Vara Criminal.

O inquérito teve início após operação realizada pela antiga Eletrobras Distribuição Alagoas em novembro de 2016. Técnicos identificaram ligações clandestinas em dois imóveis ligados ao casal na Avenida Presidente Fernando Collor de Mello, ambos com medidores ausentes.

A equipe encontrou ligação direta à rede, bombas de piscina e equipamentos elétricos funcionando sem registro de consumo. Em um dos endereços, o prejuízo calculado ultrapassou 100 mil kWh, segundo os autos da investigação.

Relatos da época apontam que o acesso a um dos imóveis só ocorreu com apoio da Polícia Militar, após resistência do caseiro. Funcionários disseram ter visto veículos circulando na área durante a vistoria.

Irregularidades semelhantes já haviam sido registradas em 2010, quando a concessionária substituiu medidores que voltaram a desaparecer ou ser danificados. O Ministério Público denunciou Gilberto por furto mediante fraude, previsto no artigo 155 do Código Penal.

A juíza Marcella W. C. Pontes Garcia determinou a intimação das partes e autorizou participação remota de testemunhas. Gilberto nega participação nas irregularidades e afirma que os imóveis eram usados por familiares ou funcionários. A audiência reunirá depoimentos e documentos antes do julgamento final.

Com Jornal Extra.