Após quase 10 anos, ex-prefeito é condenado por morte de corretor em Maribondo

27 de novembro de 2025 às 08:24
Política

Foto: reprodução

Por Redação com agências

Quase uma década depois do crime, o ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (26), no Tribunal do Júri de Marechal Deodoro. Os jurados também reconheceram a prática de tráfico de drogas atribuída ao réu.

Segundo o Ministério Público de Alagoas, o caso teve início em 2015, quando Gerson saiu para encontrar o ex-prefeito a fim de receber o pagamento de uma comissão referente à venda de um terreno. O filho da vítima, Murilo Souto, relatou que havia marcado um almoço com o pai naquele dia, mas não conseguiu mais contato após a reunião agendada com Leopoldo. O celular de Gerson foi desligado e o corpo só foi encontrado 15 dias depois, em um canavial.

Durante o julgamento, Murilo afirmou que não pôde realizar velório com caixão aberto devido ao estado em que o corpo foi localizado. O depoimento foi um dos pontos destacados pela acusação.

As investigações concluíram que o crime foi motivado por uma disputa comercial. Gerson intermediou a venda de um imóvel avaliado em cerca de R$ 800 mil e cobrava uma comissão de aproximadamente R$ 40 mil, valor que, segundo o inquérito, não foi pago. A cobrança teria levado ao planejamento do homicídio.

O caso enfrentou sucessivos adiamentos e ganhou repercussão pela forma como foi conduzido ao longo dos anos. Para familiares e moradores de Maribondo, a decisão representa o encerramento de uma espera prolongada por responsabilização.

Leopoldo Pedrosa responde a outros processos criminais. Ele já foi preso por porte ilegal de arma, foi denunciado por violência doméstica em 2017 e, em 2019, durante cumprimento de mandado, a polícia encontrou cerca de um quilo de cocaína em sua residência. O ex-prefeito também possui registros por dirigir embriagado, uso de documentos falsos e teve nova prisão decretada em fevereiro de 2024 por descumprir regras do regime semiaberto.