Vereador critica venda de imóvel que atende mais de 5 mil usuários do CAPS

28 de outubro de 2025 às 17:37
Política

“Esse é um tema que preocupa porque envolve vidas, famílias e profissionais", afirmou David - Foto: Divulgação

Por Francês News

O vereador David do Emprego (União Brasil) criticou, nesta semana, a venda de um quarteirão inteiro na Avenida Dr. Antônio Gomes de Barros, antiga Amélia Rosa, no bairro da Jatiúca, pelo Governo do Estado. O espaço abrigava serviços públicos essenciais, como a Delegacia do Turista, a Patrulha Maria da Penha e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II Dr. Rostan Silvestre), que atende mais de 5 mil pessoas.

Durante pronunciamento no plenário da Câmara de Maceió, o parlamentar questionou o impacto da medida sobre os usuários do CAPS e criticou a falta de diálogo entre Estado e município antes da decisão. “A venda desse prédio tem sido questionada, até porque os valores arrematados interessam a quem? À população ou a interesses particulares? Quem está lucrando com isso? O prédio pertence ao Governo do Estado, mas quem usa o espaço há 15 anos é a Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. E a prefeitura foi surpreendida, sem sequer ser notificada ou consultada sobre o leilão”, afirmou David.

Segundo o vereador, a Prefeitura só tomou conhecimento da venda após a conclusão do leilão. A Secretaria Municipal de Saúde iniciou tratativas com o Estado para prorrogar o prazo de desocupação por 180 dias, garantindo a continuidade dos atendimentos e a realocação adequada do serviço. “A determinação do prefeito JHC e do secretário Mourinha é clara: nenhum atendimento será interrompido e nenhum usuário ficará desassistido. O novo CAPS Rostan será instalado na mesma região para assegurar a continuidade do trabalho essencial de saúde mental”, acrescentou.

A Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag) confirmou a venda, ressaltando que o leilão seguiu todos os trâmites legais e que o imóvel foi arrematado por uma construtora privada, por ter sido considerado antieconômico para o Estado. A Seplag afirmou ainda estar aberta ao diálogo com a Prefeitura para discutir a realocação do CAPS.

“Esse é um tema que preocupa porque envolve vidas, famílias e profissionais. Não existe diálogo entre o Estado e o Município, e quem acaba perdendo é a população. Vou acompanhar de perto os próximos passos para garantir que ninguém