Defesa de Collor alega "incidente involuntário" após tornozeleira eletrônica ser desligada por 36 horas

28 de outubro de 2025 às 08:20
Polícia

Fernando Collor segue em prisão domiciliar. - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Por Francês News

A defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o desligamento da tornozeleira eletrônica do político foi um "incidente involuntário". O equipamento permaneceu cerca de 36 horas sem funcionar - do dia 2 até 3 de maio -, apenas um dia após sua instalação.

Em esclarecimentos ao STF, os advogados argumentaram que não havia "qualquer razão plausível" para que Collor descumprisse intencionalmente as medidas cautelares já no primeiro dia de prisão domiciliar. Importante lembrar que a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas (Seris) alegou ao ministro Alexandre de Moraes que a demora de cinco meses no envio de informações sobre problemas no monitoramento do ex-presidente ocorreu por "falta de conhecimento" do e-mail do gabinete do ministro.

"O caso, com todo o respeito, não passou de um incidente involuntário, decorrente de informações truncadas repassadas ao monitorado", afirmou a defesa, segundo informações divulgadas pelo G1.

Collor está em prisão domiciliar desde 1º de maio, quando deixou o presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL), por autorização de Alexandre de Moraes devido ao seu estado de saúde. O ex-presidente, de 75 anos, foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.

Entre as condições estabelecidas pelo STF para o regime domiciliar estão o uso obrigatório da tornozeleira eletrônica, a proibição de receber visitas, exceto de advogados, familiares e médicos, a suspensão do passaporte e o envio de relatórios semanais sobre sua rotina pela Secretaria de

Ressocialização de Alagoas

O descumprimento de qualquer dessas condições pode resultar no retorno de Collor ao regime fechado.