Alfredo Gaspar critica blindagem na CPMI do INSS e cobra convocação de envolvidos em esquema bilionário

Por Redação com assessoria

O deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI do INSS, denunciou nesta quinta-feira (16) a existência de blindagem dentro da comissão, o que, segundo ele, vem comprometendo o avanço das investigações sobre um esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas.

Em coletiva de imprensa, Gaspar afirmou que a rejeição de requerimentos de convocação de personagens-chave impede o esclarecimento dos fatos. Entre os nomes que tiveram a convocação negada estão Gustavo Gaspar, Paulo Boudens, Daniela Fontineles, Frei Chico — vice-presidente do Sindnapi e irmão do presidente Lula — e Milton Cavalo, presidente do sindicato, alvo de pedido de prisão preventiva por suposto desvio de R$ 800 milhões.

“Infelizmente, houve maioria para não convocar essas pessoas. O povo brasileiro precisa cobrar responsabilidade. Eu não tenho criminoso de estimação, muito menos testemunha protegida. É dever e obrigação dos parlamentares prestarem contas à população, e principalmente às vítimas desse rombo bilionário”, declarou.

O parlamentar disse ainda que a blindagem “é grave” e enfraquece o papel fiscalizador do Congresso. “Essa blindagem prejudica o parlamento e atrasa o andamento das investigações”, ressaltou.

Questionado sobre o pedido de prisão de Milton Cavalo, Alfredo Gaspar enfatizou que a solicitação tem fundamento jurídico e não está ligada a disputas políticas. “Não se trata de perseguição ou escolha, mas de combater a impunidade. Estamos lidando com um esquema que lesou milhões de brasileiros”, pontuou.

O relator encerrou afirmando que continuará cobrando transparência e responsabilização dos envolvidos no esquema. “Os aposentados e pensionistas merecem justiça. A CPMI não pode ser instrumento de proteção a quem desviou recursos públicos”, concluiu.