“Não tenho bandido de estimação”, diz Alfredo Gaspar ao cobrar CGU sobre fraudes no INSS

03 de outubro de 2025 às 17:16
Política

Foto: assessoria

Por Redação com assessoria 

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), fez duras cobranças ao ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques, durante audiência na última quinta-feira (2). O parlamentar questionou por que entidades apontadas pela própria CGU como de “alta criticidade” permaneceram ativas, mesmo após recomendações para suspensão cautelar.

Segundo Gaspar, em julho de 2024 a CGU havia solicitado a suspensão de associações suspeitas de fraudes contra aposentados e pensionistas, mas apenas um ano depois 12 delas foram efetivamente bloqueadas, sem incluir o Sindicato Nacional dos Aposentados (SINDNAPI), que tem como vice-presidente o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (CONAFER).

“Se a CGU pediu essa suspensão cautelar em julho de 2024, por que esqueceram justamente dessas duas associações? Esse rapaz tem alguma coisa a ver? Quem vai dizer isso são as investigações. Mas não é justo a CGU ter identificado um ano antes a necessidade de suspensão e depois deixar de fora o SINDNAPI e a CONAFER”, afirmou o relator.

O deputado também destacou que os indícios de irregularidades no sistema já eram conhecidos há quase uma década. “Desde 2016 a CGU constatou roubos a aposentados e pensionistas por descontos associativos. Ninguém fiscalizou nada, e o povo sendo roubado. Era uma bagunça”, declarou.

Gaspar encerrou reforçando que a comissão não aceitará blindagens nem seletividade na apuração do esquema bilionário. “Não tenho bandido de estimação. Quem cometeu esse crime grave contra aposentados e pensionistas será identificado e pagará por esse roubo bilionário”, concluiu.