Confusão no Rei Pelé: árbitro relata ofensas de dirigente do CSA, e clube pode ser punido
Por Redação
O empate em 2 a 2 entre CSA e Ituano, no Estádio Rei Pelé, no sábado (16), terminou em confusão dentro e fora de campo. A súmula do árbitro Maguielson Lima Barbosa (DF), divulgada no domingo (17), descreve episódios de violência, arremessos de objetos e ofensas de integrantes da comissão técnica e da diretoria do clube alagoano.
A partida foi interrompida aos 50 minutos do segundo tempo devido a confronto entre torcedores e a Polícia Militar. Bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo foram usados para conter o tumulto, enquanto objetos eram lançados em direção ao gramado. O jogo foi retomado após seis minutos de paralisação.
No fim da partida, torcedores voltaram a arremessar chinelos e copos contra policiais e a equipe de arbitragem. O quarto árbitro chegou a ser atingido durante a escolta até os vestiários.
A súmula registra ainda a invasão de campo do membro da comissão técnica do CSA, Jobson Bezerra da Costa, que não estava relacionado para o jogo. Ele recebeu cartão vermelho após entrar no gramado e insultar a arbitragem.
Outro episódio citado foi a conduta do diretor executivo de futebol do clube, Jadson Oliveira, que teria proferido ofensas e ameaças ao quarto árbitro nos corredores do estádio.
De acordo com a Polícia Militar, balas de borracha e gás lacrimogêneo foram usados para dispersar torcedores após a anulação do terceiro gol do CSA. Um homem de 29 anos foi preso por desacato e por lançar objetos no campo. As imagens do videomonitoramento devem auxiliar na identificação de outros envolvidos.
O CSA divulgou nota oficial criticando a ação policial e cobrando apuração de possíveis excessos. Com os registros da súmula e do boletim policial, os fatos devem ser analisados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que pode aplicar punições ao clube.