Associação acolhe vítimas da Igreja Cristã Maranata e relata traumas profundos

31 de maio de 2025 às 09:12
Gospel

Fuxico Gospel

A Associação Amaivos, formada por ex-membros da Igreja Cristã Maranata, tem ganhado destaque por prestar apoio a pessoas que relatam traumas e abusos vividos dentro da instituição. Em entrevista exclusiva ao canal O Fuxico Gospel, Joaquim Wallace de Souza, presidente da associação, fez sérias acusações à Igreja Cristã Maranata, incluindo relatos de perseguição judicial, censura, opressão psicológica e adoecimento espiritual.

Segundo Joaquim, a ideia da associação nasceu da necessidade de acolher ex-membros que saíram da Igreja Cristã Maranata fragilizados emocionalmente e financeiramente, muitos deles processados após criticar a instituição em redes sociais. “Já recebi ameaças de morte. Fiz boletim de ocorrência e não me calei. Eles tentam impor o medo, mas nós continuamos denunciando”, afirmou.

A associação Amaivos oferece apoio jurídico gratuito e acolhimento psicológico a ex-fiéis. Joaquim relata que até mesmo pastores aposentados e suas famílias, às vezes em situação de vulnerabilidade, são ignorados pela liderança da igreja. Um dos casos mencionados envolve um pastor que atuou por 22 anos nos Estados Unidos, hoje com Alzheimer e sem plano de saúde. “A Maranata se negou a ajudar. Disse que não tinha recursos.”

Joaquim também denunciou o uso de recursos da igreja para perseguir ex-membros judicialmente. “Eles separam parte do dinheiro doado em dízimos para bancar processos. Eles não ajudam órfãos e viúvas como manda a Bíblia, mas têm advogados pagos para processar quem se levanta contra eles”, denunciou.

Outro ponto grave revelado é a suposta lavagem cerebral praticada por meio de doutrinas exclusivistas. “Lá, você não tem vida. A obra é a sua vida. Você dorme, come, respira a obra. Se discordar de uma orientação, está fora.”

A entrevista também destaca o papel da liderança, especialmente do fundador, Gedelti Gueiros, que, segundo o presidente da Amaivos, é uma figura centralizadora e autoritária. “Tudo gira em torno dele. Há juramentos de lealdade à liderança, acima da própria família.”

Para os que decidem sair da Igreja Cristã Maranata, a associação oferece acolhimento espiritual e orientação pastoral para reinserção em comunidades evangélicas tradicionais como a Assembleia de Deus, Batista e Presbiteriana. O processo inclui desintoxicação doutrinária e apoio emocional.

Joaquim relatou também que muitos que ainda estão na igreja vivem sob medo e vigilância. “Tem irmão que cria até outro chip de celular para conseguir conversar com a gente, com medo de ser descoberto pela família e ser tratado como ‘caído'”.

O presidente da Amaivos afirma que a igreja vive uma realidade paralela. “Eles dizem que têm milhões de membros, mas a maioria das igrejas está vazia. Usam bots para inflar números e manter a imagem de grandeza.”

Ele também cita que vários processos judiciais abertos pela Igreja Cristã Maranata estão sendo identificados por advogados como litigância predatória, por abusar do sistema judicial contra ex-membros críticos. A associação afirma que continuará a atuar na defesa das vítimas: “Não vamos nos calar diante da perseguição religiosa e do uso da fé para oprimir. Nosso trabalho é missionário.”

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