Projeto gerenciado pela Fundepes lança aplicativo voltado à acessibilidade em espaços culturais alagoanos
Por redação
Nesta quinta-feira (22), a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) prestigiou o evento de lançamento do aplicativo Tatu, desenvolvido com o intuito de promover acessibilidade para pessoas com deficiência visual ou auditiva durante visitas a museus e outras atrações turísticas. A iniciativa conta com o apoio da Eletrobras e da Lei de Incentivo à Cultura.
Sediado no Laboratório TOCA (Tecnologias em Computação Acessível) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o projeto é realizado em colaboração com os cursos do Instituto de Computação (IC), da Faculdade de Letras (FALE) e do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (IGDEMA). A Fundepes é responsável pelo gerenciamento do projeto, conduzindo as atividades administrativas e financeiras, como a contratação de prestadores de serviço, aquisição de equipamentos, pagamentos e prestação de contas.
“Ficamos muito contentes em apoiar e cooperar nesta iniciativa. Com a nossa expertise em gerenciamento de projetos, conseguimos viabilizar esse aplicativo, que é tão importante para garantir a acessibilidade e o acesso à cultura em Alagoas", destacou a diretora financeira da Fundepes, Giselle Monteiro.
A ideia de focar em pessoas com deficiência auditiva e visual surgiu após um levantamento de acessibilidade em pontos turísticos realizado em 2015, que identificou que, em Maceió, 90% desses locais já possuíam acessibilidade física, mas apenas 27% contavam com sistema Braille e piso tátil, e 18% ofereciam acesso à LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Em relação à audiodescrição, nenhum espaço turístico da capital alagoana dispunha desse recurso. O app Tatu visa justamente suprir essas lacunas.
“É muito emocionante ver o aplicativo em funcionamento, porque ele vai além de ser apenas um app, ele é um recurso fundamental para a nossa cidade. Sua produção exige muito planejamento, pesquisa e cuidado, especialmente na tradução para Libras e na roteirização da audiodescrição. Por isso, estamos extremamente felizes em concretizar essa iniciativa”, enfatizou o coordenador do projeto, Fábio Coutinho.
Disponível para Android e iOS, o aplicativo já pode ser utilizado no Museu de História Natural, nas salas de geologia e paleontologia, e no Museu dos Esportes: memorial Rainha Marta e também nos monumentos da Orla de Maceió. Em breve, também estará disponível na Casa Jorge de Lima e no Centro de Cultura e Memória (CCM) do Poder Judiciário de Alagoas. A expectativa é que a adesão do Tatu seja feita por ainda mais museus e espaços de turismo, até o projeto ser finalizado.