Alagoas lidera ranking nacional de pessoas com deficiência, revela Censo 2022

23 de maio de 2025 às 11:49
Alagoas

Reprodução

Redação

Alagoas ocupa uma posição preocupante no cenário nacional quando o assunto é a presença de pessoas com deficiência. De acordo com os dados preliminares do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (23), o estado tem a maior proporção de pessoas com deficiência do Brasil: 9,6% da população alagoana com dois anos ou mais de idade — superando a média nacional, que é de 7,3%.

O percentual alagoano coloca o estado à frente de todos os demais da federação, inclusive de outros estados do Nordeste que também apresentam índices elevados, como Piauí (9,3%), Ceará e Pernambuco (ambos com 8,9%). A prevalência é quase o dobro das menores proporções observadas em estados como Roraima (5,6%) e Santa Catarina (6,0%).

Além do alto índice de pessoas com deficiência, Alagoas também figura entre os estados com os maiores índices de analfabetismo entre essa população. Nada menos que 36,8% das pessoas com deficiência com 15 anos ou mais no estado não sabem ler nem escrever — taxa superada apenas pelo Piauí (38,8%). Esses números revelam uma realidade de desigualdade educacional marcante para essa parcela da população alagoana, que segue à margem dos avanços registrados em outras regiões.

A pesquisadora do IBGE, Luciana dos Santos, aponta que a maior incidência de deficiência no Nordeste — onde se insere Alagoas — está intimamente ligada às desigualdades históricas da região. “Estudos indicam que a deficiência tem correlação com menor acesso a serviços básicos, como saúde e educação. A má nutrição, a precariedade dos atendimentos médicos e o baixo índice de desenvolvimento humano são fatores que elevam a vulnerabilidade da população nordestina”, explica.

Os dados do Censo também evidenciam a exclusão educacional dessa população. Em todo o Brasil, 63,1% das pessoas com deficiência com 25 anos ou mais não haviam completado o ensino fundamental. Em Alagoas, esse quadro tende a ser ainda mais grave, considerando o elevado índice de analfabetismo e as limitações de acesso ao ensino superior e técnico.

A situação alagoana ressalta a urgência de políticas públicas específicas e integradas que promovam a inclusão efetiva das pessoas com deficiência, com foco na acessibilidade, educação, saúde e empregabilidade. A nova rodada de dados do IBGE deve servir como um chamado à ação para o poder público e a sociedade civil alagoana, a fim de reverter esse cenário de desigualdade histórica.

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