Paraná destrói 10 milhões de ovos para conter gripe aviária

19 de maio de 2025 às 07:49
Brasil

Foto: Reprodução

iG

O Paraná confirmou neste domingo (18) que irá destruir 10 milhões de ovos férteis, totalizando cerca de 600 toneladas, como medida preventiva para conter o avanço da gripe aviária (H5N1). A ação segue orientação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), após rastreamento indicar que parte desses ovos teve origem em uma granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi identificado um foco da doença.

Os ovos não eram destinados ao consumo humano, mas seriam utilizados como matrizes para a produção de novas aves. Apesar de não haver confirmação de que estejam contaminados, a destruição é uma medida de segurança prevista no plano de contingência contra a influenza aviária e a Doença de Newcastle, com o objetivo de eliminar qualquer risco de propagação do vírus.

O impacto financeiro da medida ainda está sendo calculado. A destruição dos ovos atinge incubatórios no próprio Paraná, além de unidades em Minas Gerais que anunciou destruição 450 toneladas de ovos e no Rio Grande do Sul que receberam produtos da granja afetada.

Mesmo sem casos registrados em seu território, o Paraná mantém o estado de atenção e reforça as ações de vigilância sanitária. O Estado responde por quase 35% da produção nacional e 42% das exportações de carne de frango, o que aumenta a responsabilidade na adoção de medidas preventivas.

Durante reunião realizada no sábado (17), o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, destacou a importância do engajamento de todos os envolvidos no setor produtivo. Ele reforçou a necessidade de intensificar os cuidados nas cerca de 20 mil granjas do Estado, como a manutenção das instalações, controle rigoroso de acesso às propriedades e práticas de desinfecção de roupas, calçados e veículos.

A Adapar orienta que qualquer alteração nos hábitos das aves — como mortalidade fora do padrão, sintomas respiratórios ou neurológicos — seja comunicada imediatamente. A detecção rápida é essencial para garantir a sanidade do plantel avícola do Paraná.

O setor produtivo e o governo reforçam que não há risco à saúde da população, pois a gripe aviária não é transmitida por alimentos devidamente cozidos ou processados, como carne de frango ou ovos disponíveis no comércio.

Brasil mantém exportações e reforça inspeção

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a resposta rápida e eficiente à detecção do vírus comprova a robustez do sistema sanitário brasileiro. A pasta reforça que não há restrição generalizada das exportações de produtos avícolas, incluindo aqueles originados do Rio Grande do Sul.

O Brasil tem atuado para garantir que os parceiros comerciais reconheçam o princípio da regionalização, ou seja, que as restrições às exportações sejam aplicadas somente nas áreas próximas ao foco da doença — geralmente em um raio de 10 quilômetros. Esse critério é adotado por países como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas.

Exportações suspensas

Em cumprimento aos acordos sanitários com a China e a União Europeia, o Brasil restringiu temporariamente as exportações de produtos avícolas de todo o território nacional. A medida é preventiva e segue protocolos rigorosos exigidos por esses mercados. A Argentina, o Uruguai, o Chile e o México também decidiram suspender as importações de frango do Brasil. A suspensão na China terá validade de 60 dias, como forma de precaução sanitária e de prevenção à saúde.

O Mapa reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilidade sanitária, destacando que o país segue todos os protocolos internacionais para garantir a qualidade dos produtos e manter a confiança dos mercados externos.

Paraná em alerta, mas com controle

Mesmo sem foco identificado em seu território, o Paraná permanece em estado de atenção, intensificando as ações de vigilância sanitária e controle nos aviários. O governo estadual e o setor produtivo seguem colaborando com o Mapa para evitar a disseminação do vírus.

A destruição dos ovos férteis representa uma medida preventiva e necessária para evitar riscos maiores à produção e ao comércio. O setor reforça que não há risco ao consumo de carne de frango ou ovos, já que a influenza aviária não é transmitida por alimentos devidamente processados.

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