Empresa da Xuxa é condenada em R$ 40 milhões por plágio de personagens infantis

13 de dezembro de 2023 às 14:43
NA JUSTIÇA

Foto: Reprodução

Por redação com informações do blog Ancelmo Gois

A empresa Xuxa Promoções e Produções, da apresentadora Xuxa Meneghel, foi condenada a pagar mais de R$ 40 milhões por apropriação dos personagens de "A turma do Cabralzinho". A disputa, que perdura há 20 anos, teve origem na acusação do publicitário mineiro Leonardo Soltz de que a empresa de Xuxa plagiou seus personagens relacionados aos 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil. A decisão da Justiça do Rio foi homologada nesta quarta-feira.

O cálculo do valor foi feito após perícia, que levou em conta a tiragem da revista publicada, reprodução de imagens e outros ganhos com o uso das personagens. Causa ganha por Leonardo Soltz os advogados Ricardo Loretti, Lívia Ikeda e Antônio Ferraço, do Sergio Bermudes Advogados, e também o escritório Weikersheimer e Castro. Cabe recurso.

Entenda a história:

A "Turma do Cabralzinho" foi criada em comemoração aos 500 anos do "descobrimento" do Brasil pelos portugueses. Segundo o processo, Soltz afirmou que os personagens criados por ele foram copiados em um projeto da empresa da apresentadora. Segundo Soltz, os personagens infantis ( Cabralzinho, Bebel, Quim, Purri e Caramirim) foram desenvolvidos em 1997. O objetivo era torná-los "mascotes oficiais do descobrimento", que completaria 500 anos em 2000. O personagem Cabralzinho, apaixonado por Bebel, liderava a turma. Quim era o braço direito dele e tinha como confidente o papagaio Purri. Já Caramirim era um indígena dócil e desconfiado. Cabralzinho fazia alusão a Pedro Álvares Cabral, tido como o "descobridor do Brasil".

Segundo Soltz, em 1998, apresentou o material a uma representante da empresa de Xuxa, que teria dado uma resposta negativa sobre a viabilidade do projeto. No entanto, em 1999, ele disse ter sido surpreendido pela criação de personagens semelhantes pela companhia da apresentadora, que obteve lucro a partir deles.