Perícia médica conclui que Bolsonaro tem hérnia bilateral e precisa de cirurgia

Por Redação 

A perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é portador de hérnia inguinal bilateral e necessita de cirurgia para correção do problema. O procedimento, segundo o laudo, deve ser realizado em caráter eletivo, ou seja, sem urgência imediata.

De acordo com o documento, houve “piora progressiva” do quadro clínico de Bolsonaro, provavelmente provocada pelo aumento da pressão intra-abdominal decorrente de episódios frequentes de soluços e de tosse crônica, sintomas relatados pelo próprio ex-presidente aos peritos.

O laudo detalha a evolução do problema ao longo dos últimos meses. Em agosto de 2025, uma tomografia abdominal não apontava alterações herniárias. Já em novembro, um relatório clínico passou a indicar hérnia inguinal unilateral, diagnóstico que se manteve em avaliações posteriores.

Exames mais recentes confirmaram o agravamento. A ultrassonografia realizada em 14 de dezembro de 2025, somada ao exame físico feito pela junta médica, confirmou a presença de hérnia inguinal bilateral, consolidando o diagnóstico final.

Apesar da recomendação cirúrgica, os peritos destacam que não há indicação de urgência ou emergência. O relatório afirma que não foram identificados sinais de encarceramento ou estrangulamento das hérnias em nenhum momento da avaliação médica.

A perícia também analisou o quadro de soluços persistentes, uma das principais queixas de Bolsonaro. Segundo os especialistas, o bloqueio do nervo frênico é tecnicamente indicado e deveria ser realizado o quanto antes, diante da resistência aos tratamentos já adotados.

Ainda conforme o documento, a persistência dos soluços tem impactado negativamente o sono e a alimentação do ex-presidente, além de contribuir para o agravamento do quadro herniário, aumentando o risco de complicações futuras caso não haja intervenção adequada.