Justiça de Alagoas decreta nova prisão de Kel Ferreti por suspeita de estupro

19 de dezembro de 2025 às 11:29
Polícia

Foto: reprodução

Por Redação

A Justiça de Alagoas determinou a nova prisão do influenciador digital Kel Ferreti, após decisão de um desembargador que revogou as medidas cautelares anteriormente concedidas e decretou a prisão preventiva. Ferreti havia deixado a prisão depois de cumprir cerca de sete meses detido e respondia ao processo em liberdade.

Em abril deste ano, o influenciador foi condenado a 10 anos de prisão pelo crime de estupro, além do pagamento de R$ 50 mil de indenização à vítima por danos psicológicos. O caso teve origem em junho de 2024, quando uma mulher o acusou de agressão sexual em uma pousada no bairro de Cruz das Almas, em Maceió.

A condenação foi baseada em laudos periciais que apontaram lesões compatíveis com o relato da vítima, além de imagens e registros de conversas anexados ao processo. Kel Ferreti nega as acusações.

Além da condenação por estupro, o influenciador responde a uma ação penal movida pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL), que o acusa de liderar uma organização criminosa envolvida em fraudes, exploração de jogos de azar online, lavagem de dinheiro e manipulação de rifas. Em junho de 2025, o MP pediu a condenação de Ferreti a 77 anos e cinco meses de prisão nesse processo.

A defesa, conduzida pela advogada Amanda Montenegro, classificou a decisão que determinou a prisão como “manifestamente ilegal” e “processualmente nula”. Segundo os advogados, houve violação ao princípio da colegialidade, já que a Câmara Criminal havia analisado embargos apresentados pela defesa na véspera. A defesa também sustenta que eventuais falhas no monitoramento eletrônico decorreram de problemas técnicos do equipamento, e não de descumprimento intencional das condições impostas pela Justiça.

Em novembro, a Justiça havia autorizado Kel Ferreti a retomar a divulgação de casas de apostas e rifas legalizadas em suas redes sociais, desde que os contratos fossem apresentados previamente ao juízo. Com a nova ordem de prisão, essa autorização fica automaticamente suspensa.