Reeducando morre em presídio de Alagoas; São apenas 800 agentes para 7 mil presos

12 de dezembro de 2025 às 15:53
Polícia

Em unidades como o Presídio Cyridião Durval, a capacidade para 400 presos é ultrapassada, com mais de 1.100 detentos atualmente - Foto: Divulgação

Por Francês News

O sistema prisional de Alagoas enfrenta superlotação e carência de pessoal, segundo denúncias do presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Alagoas (SINASPPEN), Vítor Leite. Em unidades como o Presídio Cyridião Durval, a capacidade para 400 presos é ultrapassada, com mais de 1.100 detentos atualmente, de acordo com o sindicato.

Leite apontou que o número de policiais penais não atende à demanda, com apenas cerca de 800 agentes para atender uma população carcerária que saltou para 7.000 atualmente, para mais de 10 unidades prisionais e uma população carcerária que cresceu 500% desde 2006. Ele criticou o uso de mão de obra terceirizada em funções que deveriam ser desempenhadas por agentes concursados e destacou a falta de um Procedimento Operacional Padrão para condução de presos, situação que compromete a segurança nas unidades.

A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) confirmou a morte do reeducando Juliano Melo Lima, ocorrida na noite de quarta-feira (11), no Presídio Cyridião Durval. Segundo a Seris, há suspeita de envolvimento de outros internos, e todas as providências foram tomadas pelos policiais penais plantonistas e pela coordenação operacional. O local foi isolado e órgãos como a Polícia Científica e a Polícia Civil foram acionados para conduzir as investigações.

O caso ressalta a pressão sobre o sistema prisional e a necessidade de medidas que abordem tanto a superlotação quanto a falta de efetivo e estrutura adequada para atuação dos agentes.

Nota da Seris

A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) confirma a morte do reeducando Juliano Melo Lima, ocorrida na noite de ontem (11), no Presídio Cyridião Durval, em Maceió. Há suspeita de envolvimento de outros reeducandos no crime, momento em que todas as providências foram devidamente tomadas pelos policiais penais plantonistas e a coordenação operacional.

Nesse caso, a Seris informa que as medidas como o isolamento do local onde houve a ocorrência e o contato com órgãos como a Polícia Científica e a Polícia Civil para andamento das investigações foram devidamente executadas.