Sandrão processa Amazon e cobra R$ 3 milhões por série ‘Tremembé’

18 de novembro de 2025 às 18:39
Polícia

Foto: reprodução

Por Redação com agências 

Sandra Regina Ruiz Gomes, conhecida nacionalmente como Sandrão, entrou com ação contra a Amazon pela série “Tremembé”. A ex-detenta pede R$ 3 milhões por danos morais, uso indevido de imagem e supostos exageros narrativos. O caso tramita no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Segundo a Folha de S. Paulo, o processo será analisado pela 1ª Vara Cível de Mogi das Cruzes. A defesa afirma que a obra apresenta mentiras relacionadas ao crime que envolveu Sandra. Para os advogados, a série reforça fatos já negados no processo criminal.

A equipe jurídica acusa a produção de ficcionalizar aspectos sensíveis do caso. Eles afirmam que a série recria situações que não ocorreram na vida real. Esse retrato, segundo a defesa, amplia a percepção de culpa e fere a imagem da ex-detenta.

No Domingo Espetacular, o advogado José Roberto Rodrigues já havia antecipado medidas legais. Ele afirmou que buscaria a suspensão imediata do conteúdo no streaming. A justificativa central é a defesa da “verdade dos autos”.

Rodrigues disse que a série exagera ao mostrar Sandrão como executora direta de violência. Segundo ele, o processo criminal reconhece que ela não estava presente na cena do crime. Para o advogado, a dramatização cria impacto negativo desproporcional.

Sandra também criticou a forma como foi retratada como “líder” dentro do presídio. Ela considera o rótulo fantasioso e desconectado da realidade. Afirma ainda que relações pessoais foram mostradas de modo deturpado.

A ex-detenta disse que a obra exagera a dinâmica de convivência entre casais presos. Segundo ela, não existe local separado como retratado na série. As regras internas seriam mais rígidas e menos espetacularizadas.

Sandra reforça que “Tremembé” é ficção apresentada como realidade. Por isso, acredita ter direito à reparação e controle sobre sua própria história. A decisão judicial pode impactar produções inspiradas em casos reais no Brasil.