Vereador critica Governo de Alagoas por leilão do CAPs durante entrega da unidade reformada

30 de outubro de 2025 às 15:49
Política

O vereador David do Emprego - Foto: Reprodução/Lucas Ragucci

Por Francês News

Em meio à entrega da reforma do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II Dr. Rostan Silvestre, na Jatiúca, nesta quinta-feira (30), o vereador David do Emprego (União Brasil) lançou duras críticas ao Governo de Alagoas pelo leilão da área onde funciona a unidade de saúde. Durante o evento, o parlamentar classificou como "desumana" a tentativa de venda do espaço, que atende mais de 4,8 mil pessoas em tratamento de saúde mental.

"Pensar em vender isso aqui é no mínimo desumano. É não pensar na responsabilidade que tem que ter com a população, com a saúde mental. E pior, pior, é vender algo que nem é dele", afirmou o vereador, em referência ao governo estadual. David do Emprego também direcionou parte de seu discurso ao prefeito JHC (PL), que ingressou com ação judicial para impedir a venda do terreno.

"Parabenizo o prefeito por manter esse pulso firme, por lutar pelos usuários daqui, por toda a população, para que o governo não venha a fazer e a dar continuidade a essa gestão que é desastrosa", declarou o vereador, acrescentando: "Já venderam a nossa água e agora até o CAPS queriam vender".

A unidade do CAPs Rostan Silvestre, recentemente reformada, tornou-se centro de uma disputa já que, como o Francês News já mostrou, o terreno leiloado pertencia a Prefeitura de Maceió e foi doado com um encargo específico: a construção e manutenção de "Centros Sociais Urbanos". A escritura, registrada na matrícula do imóvel, estabelecia claramente que, se essa finalidade não fosse cumprida, o terreno deveria ser devolvido integralmente a Maceió.

Além do serviço de saúde mental, o terreno também abriga o 2º Distrito Policial de Proteção ao Turista e a Patrulha Maria da Penha, serviços essenciais para a população e para o atendimento ao turista na capital. A ação, movida contra o Estado de Alagoas e a empresa Blu Capital Investimentos, pede a declaração de nulidade do leilão e a reintegração de posse do terreno ao patrimônio municipal, argumentando que a venda foi ilegal por ter sido feita por quem não era mais o legítimo proprietário.