Polícia impede recado do CV a Beira-Mar e Marcinho VP após megaoperação no Rio

29 de outubro de 2025 às 18:26
Polícia

O plano foi interceptado antes de chegar aos presídios de segurança máxima. - Foto: Internet

Por Francês News

Forças de segurança federais conseguiram impedir que integrantes do Comando Vermelho (CV) em liberdade na capital enviassem alertas aos dois principais líderes da facção, Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP, ambos custodiados no sistema penitenciário federal.

Segundo fontes da investigação, os criminosos tentaram informar os chefes sobre a megaoperação realizada nesta terça-feira (28/10), que resultou na morte de pelo menos 119 pessoas nos complexos do Alemão e da Penha. O plano foi interceptado antes de chegar aos presídios de segurança máxima.

Até o momento, os líderes permanecem isolados e sem conhecimento da operação, considerada a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro.

O secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, afirmou que o CV sofreu “o maior baque de sua história” e comparou a operação a uma guerra. “Não é mais questão de segurança pública. Polícia nenhuma do mundo faz o que as polícias Militar e Civil fazem no Rio”, declarou.

Foram mais de 12 meses de investigação, com cerco estratégico que empurrou líderes para áreas de mata, buscando reduzir riscos à população.

Roupas camufladas e armamento

A Polícia Civil instaurou inquérito para identificar moradores que teriam removido roupas de guerra e armas de suspeitos mortos — conduta considerada fraude processual. Vídeos das ações foram registrados e servirão para responsabilizar os envolvidos.

Corpos levados por moradores

Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores retiraram dezenas de corpos da mata entre a Penha e o Alemão, levando-os à Praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, para reconhecimento.

Segundo relatos, muitas vítimas apresentavam marcas de tiros na nuca, facadas e ferimentos nas pernas. Policiais também informaram que grande parte dos mortos vestia roupas camufladas, padrão da facção armada.