Polícia impede recado do CV a Beira-Mar e Marcinho VP após megaoperação no Rio
Por Francês News
Forças de segurança federais conseguiram impedir que integrantes do Comando Vermelho (CV) em liberdade na capital enviassem alertas aos dois principais líderes da facção, Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP, ambos custodiados no sistema penitenciário federal.
Segundo fontes da investigação, os criminosos tentaram informar os chefes sobre a megaoperação realizada nesta terça-feira (28/10), que resultou na morte de pelo menos 119 pessoas nos complexos do Alemão e da Penha. O plano foi interceptado antes de chegar aos presídios de segurança máxima.
Até o momento, os líderes permanecem isolados e sem conhecimento da operação, considerada a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro.
O secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, afirmou que o CV sofreu “o maior baque de sua história” e comparou a operação a uma guerra. “Não é mais questão de segurança pública. Polícia nenhuma do mundo faz o que as polícias Militar e Civil fazem no Rio”, declarou.
Foram mais de 12 meses de investigação, com cerco estratégico que empurrou líderes para áreas de mata, buscando reduzir riscos à população.
Roupas camufladas e armamento
A Polícia Civil instaurou inquérito para identificar moradores que teriam removido roupas de guerra e armas de suspeitos mortos — conduta considerada fraude processual. Vídeos das ações foram registrados e servirão para responsabilizar os envolvidos.
Corpos levados por moradores
Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores retiraram dezenas de corpos da mata entre a Penha e o Alemão, levando-os à Praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, para reconhecimento.
Segundo relatos, muitas vítimas apresentavam marcas de tiros na nuca, facadas e ferimentos nas pernas. Policiais também informaram que grande parte dos mortos vestia roupas camufladas, padrão da facção armada.