Secretaria de Alagoas alega "falha de e-mail" para justificar atraso em informe sobre tornozeleira de Collor a Moraes

25 de outubro de 2025 às 13:56
Política

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Por Francês News

A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a demora de cinco meses no envio de informações sobre problemas no monitoramento do ex-presidente Fernando Collor ocorreu por "falta de conhecimento" do e-mail do gabinete do ministro. O órgão estadual respondeu ao questionamento de Moraes sobre a tornozeleira eletrônica de Collor, que ficou sem bateria nos dias 2 e 3 de maio, mas só teve o episódio comunicado ao STF em outubro.

Em ofício enviado nesta sexta-feira (24), a secretaria alegou que o monitoramento sempre foi realizado de forma efetiva, mas os relatórios não foram enviados anteriormente porque "não sabia o endereço eletrônico do gabinete do ministro". O órgão negou qualquer intenção de omitir informações, afirmando que agiu com "zelo e observância aos procedimentos internos".

Fernando Collor cumpre prisão domiciliar em Maceió desde abril, quando teve negados os recursos contra sua condenação pelo STF por corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-presidente foi condenado por receber R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da BR Distribuidora entre 2010 e 2014, quando era dirigente do PTB.

A defesa de Collor conseguiu a conversão da prisão para domiciliar com tornozeleira eletrônica com base em sua idade (75 anos) e comorbidades, que incluem doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. O caso segue sob supervisão direta do ministro Alexandre de Moraes, que exigiu explicações sobre as falhas no monitoramento após tomar conhecimento do problema ocorrido em maio.