Explosões no presente, fantasmas do passado: Rui Palmeira e o caso dos salários no Senado
Por Redação
O vereador Rui Palmeira voltou a chamar atenção no plenário da Câmara Municipal de Maceió após esmurra uma mesa em meio a discussões. O episódio resultou em advertência formal e reabriu questionamentos sobre seu histórico político.
Em 2005, Rui foi indicado pelo senador Renan Calheiros para ocupar cargo na Diretoria Geral do Senado. No período, ele foi acusado de atuar como funcionário fantasma, já que se encontrava na Austrália realizando curso de inglês enquanto deveria cumprir expediente em Brasília.
A Procuradoria-Geral da República comprovou que, mesmo ausente, o então servidor recebeu integralmente os salários. O caso permaneceu em discussão até 2014, quando Rui já era prefeito de Maceió.
Naquele ano, o Ministério Público Federal instaurou inquérito civil para apurar os recebimentos irregulares. A investigação apontava para enriquecimento ilícito e improbidade administrativa, em razão do pagamento feito sem a devida contraprestação de trabalho.
Para encerrar o processo e evitar condenação, Rui devolveu mais de R$ 53 mil aos cofres do Senado. O valor correspondia ao total recebido durante o período em que se encontrava no exterior.
A devolução ocorreu de forma administrativa e não houve responsabilização criminal. O encerramento do inquérito, no entanto, deixou registro sobre a conduta no âmbito do Senado.
O episódio voltou ao debate público diante das recentes atitudes do vereador na Câmara. O temperamento exaltado de Rui tem sido alvo de críticas de colegas e gerado repercussão fora do Legislativo.
A cada nova discussão acalorada, o passado de Rui Palmeira reaparece no debate político, levantando dúvidas sobre sua atuação e sobre o impacto de seu histórico na vida pública.