Serial killer de Maceió é condenado em novo júri e pena já ultrapassa os 85 anos de reclusão

04 de setembro de 2025 às 19:56
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Serial killer de Maceió, Albino dos Santos, é julgado na capital alagoana - Foto: Anderson "Bambluck" Macena/Ascom MPAL

Por Vinícius Rocha/Francês News

O júri popular condenou nesta quinta-feira (4) Albino Santos de Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”, a 14 anos e 7 meses de prisão em regime inicialmente fechado, além do pagamento de multa de R$ 50 mil, pela tentativa de homicídio contra o barbeiro Alan Vitor dos Santos Soares, de 21 anos. Com a nova sentença, as penas de Albino já ultrapassam 85 anos de reclusão.

O crime ocorreu em 12 de junho de 2024, no bairro Vergel do Lago, quando Alan voltava para a casa da avó após o trabalho. Ele foi seguido por Albino e atingido com quatro disparos: um na nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha. O jovem sobreviveu, mas carrega sequelas graves,  entre elas crises de epilepsia, limitações motoras e o uso de uma bolsa de ostomia.

Durante o julgamento, Alan prestou depoimento e relatou os momentos de terror que viveu. Emocionado, contou que caiu desacordado após o primeiro disparo, mas ainda foi alvejado outras três vezes. “Eu estava indo para casa sem saber que estava sendo seguido. Quando vi o Albino, já era tarde demais”, disse, com a voz embargada.

A pedido da acusação, o jovem levantou a camisa diante do júri para exibir as cicatrizes e a bolsa de colostomia. 

Amigo encara o réu

O tribunal também acompanhou o depoimento de Diego Rafael Santos Pontes, amigo de infância de Alan. Ele afirmou que esperava há muito tempo pelo momento de “olhar nos olhos” de Albino e testemunhar contra ele. “Se Albino quiser me matar um dia, pode matar. Mas sempre defenderei meus amigos sem medo", declarou Diego. 

O julgamento ganhou contornos inesperados quando Albino negou a autoria do crime, apesar de já ter confessado o ataque em depoimento à polícia e em audiência de instrução. A mudança de versão surpreendeu até o advogado de defesa, Geoberto Luna, que admitiu ter sido pego desprevenido.

“Anteriormente, ele havia confessado. Mas no tribunal decidiu negar. Disse que falou aquilo porque estava nervoso e queria se livrar do processo. Fui pego de surpresa, mas, como advogado, minha obrigação é sustentar a negativa de autoria”, afirmou Luna.

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