Serial killer de Maceió é condenado em novo júri e pena já ultrapassa os 85 anos de reclusão
Por Vinícius Rocha/Francês News
O júri popular condenou nesta quinta-feira (4) Albino Santos de Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”, a 14 anos e 7 meses de prisão em regime inicialmente fechado, além do pagamento de multa de R$ 50 mil, pela tentativa de homicídio contra o barbeiro Alan Vitor dos Santos Soares, de 21 anos. Com a nova sentença, as penas de Albino já ultrapassam 85 anos de reclusão.
O crime ocorreu em 12 de junho de 2024, no bairro Vergel do Lago, quando Alan voltava para a casa da avó após o trabalho. Ele foi seguido por Albino e atingido com quatro disparos: um na nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha. O jovem sobreviveu, mas carrega sequelas graves, entre elas crises de epilepsia, limitações motoras e o uso de uma bolsa de ostomia.
Durante o julgamento, Alan prestou depoimento e relatou os momentos de terror que viveu. Emocionado, contou que caiu desacordado após o primeiro disparo, mas ainda foi alvejado outras três vezes. “Eu estava indo para casa sem saber que estava sendo seguido. Quando vi o Albino, já era tarde demais”, disse, com a voz embargada.
A pedido da acusação, o jovem levantou a camisa diante do júri para exibir as cicatrizes e a bolsa de colostomia.
Amigo encara o réu
O tribunal também acompanhou o depoimento de Diego Rafael Santos Pontes, amigo de infância de Alan. Ele afirmou que esperava há muito tempo pelo momento de “olhar nos olhos” de Albino e testemunhar contra ele. “Se Albino quiser me matar um dia, pode matar. Mas sempre defenderei meus amigos sem medo", declarou Diego.
O julgamento ganhou contornos inesperados quando Albino negou a autoria do crime, apesar de já ter confessado o ataque em depoimento à polícia e em audiência de instrução. A mudança de versão surpreendeu até o advogado de defesa, Geoberto Luna, que admitiu ter sido pego desprevenido.
“Anteriormente, ele havia confessado. Mas no tribunal decidiu negar. Disse que falou aquilo porque estava nervoso e queria se livrar do processo. Fui pego de surpresa, mas, como advogado, minha obrigação é sustentar a negativa de autoria”, afirmou Luna.
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