Defesa pede ida de Mauro Cid para a reserva do Exército por falta de condições psicológicas
Por Redação
No primeiro dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de 2022, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid informou que o militar pediu desligamento do Exército.
Segundo o advogado Jair Alves Ferreira, a solicitação foi feita há cerca de um mês e ainda não teve resposta. O pedido se baseia no argumento de que Cid “não tem mais condições psicológicas de continuar como militar”.
Por ser delator do caso, a defesa de Cid foi a primeira a se manifestar no julgamento. Os advogados afirmaram que o processo de colaboração premiada tem sido “traumático” para o militar, que se encontra isolado e tratado como traidor após citar o ex-presidente Jair Bolsonaro, generais de alta patente — como Braga Netto, preso por tentativa de obstrução — e antigos colegas de farda.
Apesar disso, a defesa destacou que a delação foi crucial para revelar pontos centrais da trama golpista.