CPMI do INSS: Relator pede prisão preventiva de investigados por fraudes contra seguros
Por Francês News
Em mais uma sessão da CPMI que investiga as fraudes no INSS, o relator deputado Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL) reafirmou o compromisso da comissão com a responsabilização criminal de todos os envolvidos no esquema que lesou milhões de aposentados e pensionistas em território nacional. Durante o depoimento do advogado Eli Cohen, que apresentou novas denúncias sobre trama fraudulenta, Gaspar anunciou que submeterá ao colegiado um pedido formal de prisão preventiva para os nomes centrais da quadrilha. O relator justificou a medida ao afirmar que já existem alegações suficientes de autoria e materialidade dos crimes que sustentam a decretação da medida cautelar.
No discurso contundente, Gaspar criticou veementemente a posição da autoridade policial responsável pelo “inquérito mãe” do caso, que, mesmo tendo identificado os fundamentos legais para a prisão preventiva, optou por solicitar medidas alternativas ao encarceramento. O parlamentar classificou essa postura como "um tapa na cara do brasileiro", especialmente diante da gravidade dos crimes envolvendo grandes somas de dinheiro e a vulnerabilidade das vítimas, contrastando com a realidade do sistema prisional brasileiro, onde milhares estão presos por delitos de menor potencial ofensivo.
O relator listou três argumentos centrais para embasar o pedido de prisão: as ameaças contra testemunhas, a extrema gravidade dos delitos – que incluem fraudes massivas em empréstimos consignados – e o elevado risco de fuga dos principais investigados, dado o seu poder económico. Gaspar foi enfático ao declarar que "não há requisitos para prisão preventiva neste caso, não há em nenhum outro do Brasil". A fundamentação do pedido se baseia em mais de três mil páginas do inquérito da Operação Sem Desconto e nas provas robustas já colhidas pela própria CPMI, incluindo os primeiros depoimentos.
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