China e Rússia denunciam Israel e EUA, e ONU vê racha entre potências

14 de junho de 2025 às 06:55
Mundo

Foto: Reprodução

UOL

Numa demonstração da profunda divisão que existe entre as maiores potências mundiais, o Conselho de Segurança da ONU presenciou uma troca de acusações entre seus membros diante da crise entre Israel e Irã.

A reunião foi convocada em caráter de emergência e ocorreu na tarde desta sexta-feira, em Nova York.

"Esse ataque completamente não provocado - não importa o que Israel diga em contrário - é uma violação grosseira da Carta da ONU e do direito internacional", disse o embaixador russo na ONU, Vasila Nebenzia.

"Fica-se com a impressão de que a liderança de Israel está convencida de que tem total liberdade na região e provavelmente pensa que pode desrespeitar todas as normas legais e substituir todos os órgãos internacionais, inclusive o Conselho de Segurança e a AIEA", disse.

"A Federação Russa condena veementemente essa ação. A aventura militar empurra a região para a beira de uma guerra em grande escala, e a responsabilidade por todas as consequências dessas ações recai totalmente sobre a liderança israelense e aqueles que a incentivam", disse.

Moscou ainda saiu em defesa do Irã, indicando que a resposta estaria "totalmente de acordo com o artigo 51 da carta da ONU".

Uma atitude semelhante foi tomada por Pequim. "A China condena as ações de Israel que violam a soberania, a segurança e a integridade territorial do Irã e se opõe à intensificação das tensões e à expansão dos conflitos, e está profundamente preocupada com as possíveis consequências graves das operações israelenses", afirmou a delegação chinesa na ONU.

"O aquecimento abrupto da região não serve aos interesses de ninguém. Pedimos a Israel que cesse imediatamente toda aventura militar, evite aumentar ainda mais as tensões e conclame todas as partes relevantes a respeitar a Carta das Nações Unidas e o direito internacional, resolva as disputas por meios políticos e diplomáticos e mantenha conjuntamente a paz e a estabilidade regionais", afirmou.

Pequim ainda mandou um recado aos americanos, "Os países com influência significativa sobre Israel devem praticamente desempenhar um papel construtivo", pediu.

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Já o governo dos EUA saiu ao resgate de Israel. O diplomata McCoy Pitt, num discurso, insistiu que não se pode permitir que "esse regime perigoso tenha armas nucleares", numa referência ao Irã. Ele insistiu que os EUA foram informados antes dos ataques, mas não estiveram militarmente envolvidos na ação. "Nós buscamos uma paz segura", disse, num apelo para que o Irã aceite um acordo.

"O Irã tem pedido repetidamente a erradicação de Israel. Lançou ataques diretos e por procuração contra civis sem provocação, espalhou terror, instabilidade e sofrimento por toda a região", disse.

Ele ainda fez um alerta. "A segurança dos cidadãos americanos continua sendo nossa prioridade máxima. Os ataques às bases e ao pessoal dos EUA terão consequências terríveis", disse. "Os Estados Unidos continuarão a buscar uma resolução diplomática que garanta que o Irã nunca mais adquira uma arma nuclear ou ameace novamente a estabilidade no Oriente Médio", completou.

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