“Match” alagoano: como os aplicativos de namoro estão conectando corações em Alagoas
Redação
“A gente se conheceu num aplicativo e hoje estamos morando juntos. Nunca pensei que fosse dar tão certo.” É com um sorriso tímido que Marina Sousa, de 29 anos, conta como conheceu o namorado, Felipe Ramos, 31, em meio a swipes, perfis e mensagens trocadas durante a pandemia. O casal é um entre tantos alagoanos que têm recorrido aos aplicativos de relacionamento para encontrar, ou ao menos procurar, o amor.
Em tempos de conexões digitais e rotinas aceleradas, plataformas como Tinder, Bumble e Happn ganharam espaço entre os solteiros alagoanos. E, embora o uso desses apps ainda enfrente preconceitos em alguns círculos, a prática já faz parte do cotidiano afetivo de muita gente no estado.
“Eu tinha vergonha de dizer que estava no Tinder”, confessa João Victor Lima, 24, estudante de Arquitetura. “Mas depois que vi que vários amigos também usavam, percebi que não tem nada demais. A gente quer conhecer pessoas, e às vezes a vida corrida não ajuda.”
Silvana Lima, 47, gerente administrativa em Arapiraca. Separada há três anos, ela decidiu entrar no mundo digital após incentivo da filha. “No começo foi estranho, parecia que eu estava fazendo algo errado. Mas depois entendi que é só mais uma forma de conhecer alguém.” Hoje, ela conversa com um pretendente que mora em Palmeira dos Índios. “A gente ainda não se viu pessoalmente, mas estamos animados.”
Apesar das boas histórias, nem tudo são flores. Muitos relatam experiências frustrantes com perfis falsos, conversas rasas e encontros decepcionantes. Ainda assim, os aplicativos seguem firmes como ponte entre vidas que, de outra forma, talvez nunca se cruzassem.
“O segredo é ter paciência e não se iludir logo de cara”, aconselha Marina, que conheceu Felipe num dia qualquer, após um “super like” inesperado. Três anos depois, os dois compartilham a mesma casa, uma gata chamada Lolla e planos para o futuro.
Na terra do sururu e das praias paradisíacas, os encontros agora também acontecem com um toque na tela. E se o amor é sorte, como muitos dizem, parece que os alagoanos estão apostando cada vez mais nas possibilidades digitais.