Após maior ataque russo à Ucrânia, Trump diz que Putin está louco
UOL
"Eu sempre tive um ótimo relacionamento com Vladimir Putin, da Rússia, mas algo aconteceu com ele. Ele ficou completamente louco!".
A afirmação foi feita em uma postagem em sua rede social, Truth, após o ataque aéreo russo da noite de sábado, que o governo da Ucrânia descreveu como o maior desde o começo da guerra em 2022.
Trump também criticou Zelensky, dizendo que "tudo o que sai da boca dele causa problemas". Ele "não faz nenhum favor ao seu país ao falar dessa maneira".
Apesar das críticas de Trump, a Rússia voltou a bombardear a Ucrânia nessa noite. Segundo o governo Zelensky, foi o maior ataque com drones desde o início do conflito.
Trump adia tarifas de 50% contra Europa
Trump anunciou o adiamento para 9 de julho da entrada em vigor das tarifas de 50% sobre produtos importados da União Europeia.
A elevação da taxa havia sido anunciada pelo presidente americano na sexta-feira, quando ele afirmou que elas passariam a ser cobradas no próximo domingo.
Trump disse que o adiamento atende a um pedido da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
"Acabou de me ligar, e pediu uma prorrogação da data de 1º de junho e me disse que quer iniciar negociações sérias", declarou Trump, no Air Force One ontem, em Nova Jersey.
A taxa anunciada na sexta-feira é duas vezes e meia os 20% que Trump afirmou no dia de 2 de abril que seriam cobrados dos produtos europeus.
Como consequência do anúncio, os mercados encerraram a semana passada em forte queda pelo mundo, com a renovação das incertezas sobre o futuro da política comercial americana e os temores sobre o seu impacto no comércio internacional.
Israel mata mais de 50 em Gaza
Mais de 50 pessoas foram mortas por ataques israelenses entre ontem e hoje na Faixa de Gaza, segundo a Defesa Civil do território. Entre as vítimas, estão 33 pessoas, incluindo várias crianças, que estavam abrigadas em uma escola na cidade de Gaza.
Em outro ataque, na sexta-feira à noite, foram mortos nove irmãos - crianças de entre 7 meses e 12 anos de idade. Um décimo irmão e seu pai, um médico do hospital Nasser, de Khan Younis, foram gravemente feridos e tiveram membros amputados.
Israel afirmou que atacou o que disse ser uma base do Hamas e que está investigando os relatos sobre as vítimas.
Ontem, o Exército israelense declarou que pretende tomar 75% do território da Faixa de Gaza, encurralando a população de mais de 2 milhões de pessoas em um quarto do território.
Venezuela elege governador de região da Guiana
Nicolás Maduro disse ontem que "mais cedo ou mais tarde", a Guiana terá que "aceitar a soberania da Venezuela" sobre a região de Essequibo, que faz parte do território guianense, mas é reivindicada há décadas pela Venezuela.
A afirmação foi feita no dia em que eleitores venezuelanos foram às urnas em eleições regionais que incluíram a escolha de um governador e de oito deputados para a região, que o governo da Venezuela chama de estado da Guayana Essequiba.
Aliado de Maduro, Neil Villamizar foi eleito como governador. "Ele terá total apoio ao seu trabalho, porque o povo de Essequibo o escolheu, para que o povo de Essequibo tenha todos os direitos como povo da Venezuela", disse Maduro.
A eleição, realizada inteiramente em território venezuelano, não foi reconhecida pelo governo da Guiana.
Na semana passada, o presidente guianense, o presidente Irfaan Ali, classificou a realização do pleito como "uma ameaça" da Venezuela.
Reino Unido reestatiza ferrovias
O Reino Unido deu ontem início ao processo de reestatização de todo o serviço ferroviário no país. A empresa South Western Railway, que opera no sudoeste da Inglaterra, voltou ao controle público.
O governo trabalhista anunciou a intenção de renacionalizar todas as operadoras de ferrovias britânicas até o final de 2027, quando as atuais concessões chegam ao fim.
"A South Western Railway agora pertence ao setor público. E isso é apenas o começo", escreveu o primeiro-ministro Keir Starmer na rede social X.
O sistema começou a ser privatizado na década de 1990, no governo conservador de John Major, que se seguiu ao de Margaret Thatcher.
Uma pesquisa no ano passado mostrou que 65% da população aprovava a reestatização. Os principais motivos de insatisfação são o preço das passagens e os frequentes atrasos e cancelamentos.
Apesar da privatização, as empresas recebiam cerca de 150 milhões de libras (cerca de R$ 1,1 bilhão) por ano de subsídio, valor que o governo espera reduzir com a estatização