Alagoas segue com o pior índice de analfabetismo do Brasil
Redação
Entra e sai gestão, mas uma coisa não muda: Alagoas continua sendo o estado com a maior taxa de analfabetismo do país, equivalente a 14,2% da população alagoana com idade a partir de 15 anos, quase o triplo da média nacional (5,4%). O dado é da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua 2023), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo com o aumento de pessoas alfabetizadas, desempenho verificado em todas as unidades da federação, Alagoas permanece com o pior resultado entre os estados brasileiros desde o Censo 2010. O baixo desempenho histórico de Alagoas reflete a necessidade urgente de políticas públicas efetivas na área da educação para corrigir um problema crônico que se arrasta há décadas.
Enquanto isso, estudantes da Escola Estadual Maria Ivone Santos de Oliveira, na Cidade Universitária, realizaram um protesto na noite ontem (26) para denunciar as condições precárias da unidade e cobraram uma resposta do governador Paulo Dantas, que não se pronunciou até o momento. Os alunos reclamam da falta de infraestrutura adequada, problemas estruturais e dificuldades no aprendizado. Segundo eles, a situação persiste há meses sem solução.
Se o estado não tem conseguido oferecer as condições mínimas de infraestrutura e acesso à aprendizagem, realizar investimentos adequados e propor um plano estratégico eficiente a médio e longo que corrija as deficiências históricas da educação, dificilmente Alagoas sairá da última posição do ranking do analfabetismo.
Apesar do baixo desempenho de Alagoas, o índice de pessoas que não sabem ler ou escrever no estado poderia ser pior, não fosse o desempenho de Maceió, que detém hoje 91,58% de sua população alfabetizada, acompanhando a média nacional (93%).