Família denuncia negligência em atendimento de gestante no Hospital da Mata
Redação
Na noite do último dia 23, uma gestante iniciou um quadro de contrações intensas, com intervalos de 2 a 3 minutos e durações de até 1 minuto e 30 segundos. Acompanhada de sua família, ela foi ao Hospital Regional da Mata (HRM) na noite de 23 de fevereiro, onde as condições de atendimento se mostraram alarmantes.
Segundo relatos de Alexandre, esposo da gestante, o atendimento inicial foi marcado por descaso. Apesar das dores intensas da esposa, ela teve que aguardar pela boa vontade dos profissionais. “A médica fez um toque agressivo, causando dor e ardência na minha esposa. Após isso, a enfermeira disse que ela não estava em trabalho de parto, e que o parto não seria realizado. Fui informado de que minha esposa estava apenas com contrações de treinamento”, afirmou Alexandre.
Após essa avaliação inicial, o casal foi liberado e orientado a voltar para casa. No entanto, as dores da gestante persistiram e intensificaram ainda mais. No dia seguinte, quando a bolsa estourou às 15h43min, o casal retornou ao hospital, já com a gestante em trabalho de parto. O mesmo médico que havia atendido a família anteriormente, ao examinar a gestante, manteve sua posição, alegando que ela ainda não estava pronta para dar à luz. “Ele disse que ela estava com 38 semanas, mas na verdade ela estava com 39 semanas e 6 dias. A gestante estava em trabalho de parto, com contrações regulares, e o médico continuava dizendo que não faria o parto”, relatou Alexandre.
Segundo o denunciante, o médico, acompanhado de uma médica, negou o atendimento, afirmando que não assumiria a responsabilidade pelo parto. As enfermeiras, por sua vez, teriam rido da situação e minimizavam a gravidade do caso, dizendo que o parto não estava “no tempo certo” e oferecendo nenhum suporte emocional ou físico.
A gravidade da situação, com a bolsa rompida e o risco iminente para mãe e bebê, foi desconsiderada pelos profissionais.
Após horas de espera sem atendimento adequado, e com a frustração de não obter ajuda, a família foi liberada, sendo dispensada com ironias e desdém por parte dos profissionais de saúde. Alexandre destaca o comportamento inadequado do médico: “Quando estávamos saindo, ele disse ironicamente ‘tchau, vá com Deus’, mesmo sabendo da gravidade da situação.”
Até o momento, o Sesau não se manifestou sobre o assunto.