Governo Lula avalia repetir Temer-Bolsonaro e negociar com os EUA sobre aço

11 de fevereiro de 2025 às 08:00
Brasil

Foto: Reprodução

CNN Brasil

Setores relevantes do governo Lula relataram à CNN que o melhor caminho para lidar a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar o aço é partir para uma negociação tal qual foi feita durante os governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Esse caminho eliminaria duas outras possibilidades.

A primeira, seria recorrer a uma esvaziada Organização Mundial do Comércio (OMC), que seria uma medida na prática inócua, além de ser um gesto que demonstraria interesse em gerar um contencioso com Trump.

A segunda, seria retaliar impondo sobretaxas a produtos americanos. Essa medida, segundo relatos de integrantes do governo, não resolveria a questão dos exportadores de aço brasileiro e também sinalizaria uma disposição para o confronto. Algo considerado negativo, tendo em vista que Trump acaba de assumir.

Logo, o terceiro caminho vem sendo o mais defendido por setores do governo. E há um histórico bem-sucedido pelo Brasil com o mesmo Donald Trump.

A primeira vez que Trump taxou o aço brasileiro foi em 8 de março de 2018, no governo Michel Temer. O Brasil decidiu na ocasião negociar para que seu produto não fosse alvo. A negociação caminhou até o dia 31 de maio de 2018, quando houve uma nova decisão de Trump sobretaxando o alumínio.

O Brasil seguiu negociando e chegou a soltar nota neste sentido, dizendo que tais “medidas são de responsabilidade exclusiva do governo dos Estados Unidos e serão por ele administradas“ e que “o governo brasileiro considera que a aplicação das restrições sobre as exportações brasileiras não se justifica e segue aberto a construir soluções que melhor atendam às expectativas e necessidades de ambos os setores de aço e alumínio no Brasil e nos Estados Unidos, reservando seus direitos no âmbito bilateral e multilateral“.

O primeiro efeito acabou ocorrendo em 29 de agosto de 2018, quando Trump flexibilizou as restrições ao aço. Em dezembro de 2019, incomodado com o que considerava um movimento de intensa desvalorização do real, Trump anunciou que a taxa do aço voltaria. Mas o governo Bolsonaro negociou e no dia 20 de dezembro o próprio presidente brasileiro informou que ele havia desistido da medida.

Esse histórico circulou por pelo menos parte das autoridades do governo Lula na segunda-feira (10) quando Brasília aguardava a oficialização da medida anunciada no domingo (9) por Trump sem saber ao certo como reagir.

A aposta é que o caminho da negociação deve prevalecer, mas com pelo menos duas dificuldades no novo cenário: o fato de o presidente Lula ter declarado apoio Kamala Harris dias antes da eleição americana e o da primeira-dama, Janja da Silva, ter xingado Elon Musk, homem forte da administração Trump.

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